Ghost Recon Future Soldier mostra um arsenal inovador em uma estratégia cooperativa


Ghost Recon Future Soldier (Foto: Divulgação)
A franquia Ghost Recon da Ubisoft volta com um novo título: Future Soldier. Como o próprio nome diz, em um futuro não muito distante, soldados precisam restabelecer a paz e determinados locais do planeta. Para isso, eles contam com um arsenal mais do que moderno para auxiliar em missões estratégicas e arriscadas.
E nessa mudança de foco – em relação a outros jogos – que a franquia busca se firmar como uma das preferidas do público gamer, pois apesar de famosa, Ghost Recon nunca foi bem visto pela crítica especializada. Isso porque o jogo sempre ficou atrás de grandes blockbusters, como Call of Duty e Battlefield 3, e nunca caiu na graça do público.
Coube a Ubisoft pensar em algo diferente para convencer esses jogadores. Dessa vez, a inovação fica por conta do arsenal variado e com um incrível sistema de personalização, que lembra muito os ajustes nos carros em jogos como Gran Turismo 5 e Forza 4.
E para inovar ainda mais, sobrou até para o Kinect uma participação especial nesse novo sistema, porém, mais uma vez o sensor da Microsoft mostrou pouca precisão. Com isso, são poucos aqueles que trocam o tradicional joystick para utilizar o acessório na personalização.
GhostReconFutureSoldier25 (Foto: GhostReconFutureSoldier25)
Multiplayer empolgante para poucos
Future Soldier conta com um modo Campanha empolgante, repleto de missões bem articuladas, mas que beiram a linearidade. Entretanto, nada fora do comum para jogos da franquia, que de uns anos para cá, sempre focaram seus esforços no multiplayer.
Dessa vez, o jogador se depara com divertidos modos multijogadores, como o Conflito – que consiste em completar objetivos em equipe – e o Isca. Ele coloca duas equipes em diferentes funções, e enquanto uma atua como uma força de ataque, a outra deve agir de forma defensiva. Durante as partidas, os jogadores precisam cumprir missões para descobrir o grande objetivo. Assim, quem conseguir alcançá-lo primeiro, vence.
O jogo também conta com outros modos de jogo mais populares, como o time contra time e o modo Guerrilha, em que a equipe deve eliminar ondas de inimigos. O que Future Soldier não apresenta é um modo todos contra todos provando mais uma vez que o foco do título é a cooperação, independente do modo.
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Comandos agradáveis, arsenal divertido e aliados que funcionam
A jogabilidade de Future Soldier agrada bastante. Além de contar com um sistema preciso de mira e uma movimentação bem agradável, o grande ponto alto fica por conta do arsenal futurístico do jogo. Desde mecanismos de localização de inimigos a pequenos robôs com câmeras, o Future Soldier possui uma série de ferramentas que tornam-se o grande diferencial em relação a outros jogos do gênero.
Outro fator que diferencia o título é o seu foco na estratégia das missões. Não é toda hora que a descrição fará a diferença, e tão pouco encarar seus inimigos de frente também trará resultados. Cada missão se distingue pelo modo com que devem ser realizadas, por isso, é muito importante conhecer cada armamento que você carrega e como realizar os seus objetivos.
Também vale ressaltar a importância do cooperativo. Se você tem a oportunidade de jogar com outros três amigos, a experiência fica ainda melhor. Mas se não tiver, não se preocupe, pois a inteligência artificial de seus aliados agrada muito. Diferentemente da grande maioria dos jogos com modos cooperativos, aqui seus aliados cumprem as ordens, seja na hora de manter uma posição ou para executar determinados alvos na hora exata.
GhostReconFutureSoldier01 (Foto: GhostReconFutureSoldier01)
Faltou capricho no visual
Se na jogabilidade a Ubisoft acertou a mão, o mesmo não podemos dizer dos gráficos. Parece um pesadelo, mas a série Ghost Recon não consegue se firmar como uma das franquias mais belas da atual geração. Isso porque o jogo a todo momento mostra claros sinais de uma falta de capricho.
O maior exemplo fica por conta dos elementos externos. Os cenários são simples demais e com um visual bem datado, deixando uma sensação de ser um jogo do começo desta geração. A todo momento o jogador se depara com construções sem muitos detalhes e repletas de paredes lisas e com serrilhados no seu contorno. Isso sem falar que, em alguns momentos, o ambiente se mostra bem parecido com outro, mesmo em lugares diferentes.

Alguns “bugs visuais” também assombram o game, como em momentos que a mira de uma arma ganha um contorno unicolor e que alguns segundos depois volta ao normal. Além disso, na hora de ampliar o zoom de uma arma mais precisa, é possível notar como os inimigos são repetitivos e sem muitos detalhes.
Nem as cenas de animação escaparam. A todo momento nos deparamos com personagens que não conseguem expressar as suas verdadeiras expressões. Em outras palavras, por mais que o tom seja de descontração o personagem permanece com um semblante fechado, mais uma consequência da tal falta de capricho citada acima.
Ghost Recon Future Soldier (Foto: Divulgação)
Conclusão
Ghost Recon Future Soldier é um ótimo jogo de ação que foca a estratégia cooperativa com uma jogabilidade eficiente e um arsenal inovado, que acaba sendo a grande atração do jogo. Pena que a linearidade e os gráficos ultrapassados acabam tirando o potencial do jogo que tinha tudo para ser um dos destaques do ano.


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